O mais novo caçador de planetas da NASA está se juntando à caça de alienígenas inteligentes. Os cientistas que trabalham na missão Transiting Exoplanet Survey Satellite (TESS), da agência espacial americana colaborarão com o projeto Breakthrough Listen, de US$ 100 milhões, na busca por inteligência extraterrestre (SETI).
“É empolgante que a pesquisa SETI mais poderosa do mundo, com nossas instalações parceiras em todo o mundo, colabore com a equipe do TESS, a máquina de caçar ao planetas mais capaz que existe atualmente”, disse Pete Worden, diretor executivo da Breakthrough Initiatives, um programa que inclui o Projeto Breakthrough Listen. “Estamos ansiosos para trabalhar juntos enquanto tentamos responder a uma das perguntas mais profundas sobre nosso lugar no universo: estamos sozinhos?“, acrescentou.
O TESS foi lançado na órbita terrestre em abril de 2018, em uma missão para caçar planetas alienígenas que circundam estrelas brilhantes e relativamente próximas. A sonda realiza esse trabalho através do “método de trânsito“, que procura pequenas quedas no brilho da estrela causadas quando um planeta em órbita cruza na frente em relação a nós.
Essa estratégia foi usada com grande feito pelo antecessor do TESS, o telescópio espacial Kepler, da NASA, que descobriu cerca de 70% dos 4.000 mundos alienígenas conhecidos. Mas o TESS provavelmente será ainda mais eficaz, encontrando talvez 10.000 ou mais novos exoplanetas ao longo de sua missão primária de dois anos. Até o momento, o TESS localizou mais de 1.000 “objetos potenciais”, 29 dos quais são planetas alienígenas confirmados.
Como o TESS está se concentrando nas estrelas da vizinhança cósmica do Sol, algumas das descobertas da missão serão adequadas para estudos de acompanhamento de outros instrumentos. Por exemplo, o poderoso Telescópio Espacial James Webb da NASA, um observatório de US$ 8,8 bilhões programado para ser lançado em 2021, deve ser capaz de sondar a atmosfera de vários planetas descobertos pelo TESS em busca de gases que indiquem biosassinaturas.
O Breakthrough Listen planeja fazer suas próprias verificações, mas a organização procurará por “assinaturas tecnológicas” vindas dos mundos que a espaçonave descobrir. As assinaturas tecnológicas são indicadores de civilizações alienígenas avançadas e têm muitas formas possíveis – incluindo sinais de transmissões de TV e rádio, que teoricamente poderiam indicar a presença de alienígenas inteligentes.
O Breakthrough Listen agora adicionará objetos potenciais à sua lista de alvos, examinando mundos promissores com uma variedade de instrumentos, incluindo os radiotelescópios Green Bank e Parkes, na Virgínia Ocidental e na Austrália, o radiotelescópio MeerKAT, na África do Sul e o telescópio óptico Automated Planet Finder, na Califórnia.
Os pesquisadores também procurarão anomalias nas “curvas de luz” estelares que o TESS coleta. Tais anomalias poderiam ser potencialmente causadas por megaestruturas em órbita construídas por civilizações avançadas – uma hipótese que surgiu recentemente graças às análises das observações do Kepler.
A Breakthrough Initiatives foi fundada em 2015 pelo investidor bilionário Yuri Milner para procurar vida inteligente no universo. Outros projetos da Iniciativa Breakthrough incluem o Breakthrough Watch, que tem como objetivo estudar exoplanetas rochosos próximos, e o Breakthrough Starshot, que está desenvolvendo tecnologia para explorar de perto mundos alienígenas. Podemos estar perto de finalmente responder uma das perguntas mais intrigantes já feitas pela humanidade.
Divulgador científico há pelo menos 6 anos, dedica seu tempo a tornar a astronomia mais popular entre o público leigo, constantemente traduzindo, escrevendo e adaptando matérias com abordagem didática para o projeto Mistérios do Espaço. É natural da cidade de Conceição do Coité e está graduandoem Comunicação Social, pela Universidade do Estado da Bahia
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