Segundo o professor, o meteoro foi extinto a 24,68 km de altitude sobre o estado gaúcho. A câmera que captou o bólido – nome dado ao meteoro quando acontece a explosão – está localizada no Centro da cidade.
“No meu apartamento, tenho nove câmeras e no observatório, as demais. Também tenho câmeras instaladas em São Leopoldo e Porto Alegre”, conta o professor.
Conforme Jung, o meteoro também foi registrado por duas câmeras em Monte Castelo, em Santa Catarina. Ele relata ainda que o bólido pôde ser visto por outras cidades da Grande Porto Alegre, além de Taquara. “Ele foi visto por muitas pessoas na área metropolitana. Nas redes sociais, teve várias manifestações”.
O professor atua com pesquisa e desenvolvimento na área da engenharia há 39 anos e considera a área da astrofísica como um lazer. Há quatro anos, instalou a primeira câmera. Hoje, são 15 aparelhos captando os fenômenos.
“Com um sistema destes implantado aqui no RS viabiliza o monitoramento dos 360 graus da área e consequentemente maior registro. Assim, possuímos hoje um maior conhecimento daquilo que está ocorrendo na Região Sul do país e no Uruguai”, explica Jung.
O pós-doutor em Engenharia conta que a previsão é de que mais cinco câmeras sejam instaladas nos próximos 30 dias. Há um projeto para que o local possa ser visitado por escolas.
“Além das pesquisas e do monitoramento, o observatório vai se destinar a estar aberto a crianças do ensino fundamental para estimular a curiosidade científica e, quem sabe, termos mais cientistas no futuro. Será aberto a toda e qualquer escola que queira levar as crianças. Tudo gratuito”, afirma.
O professor explica também a diferença entre meteoróide, meteoro e meteorito.
“Quando está em órbita, é um meteoróide, quando entra na atmosfera e inicia a queima [como este que ocorreu em Taquara], é chamado de meteoro, e quando chega ao solo e pode ser tocado, se denomina meteorito”.
“O que se chama de asteroide são aqueles bem maiores que podem até destruir o planeta”, acrescenta.
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