Pesquisadores abrem caminho para comunicação mais rápida que a velocidade da luz
Cientistas da Universidade de Bristol e da Universidade Técnica da Dinamarca alcançaram teleportação de dados quânticos entre dois chips do mundo. A descoberta foi publicada na renomada revista científica Nature Physics e pode até mesmo abrir caminho para uma era onde a comunicação ocorre numa velocidade maior que a da luz – algo hoje considerado impossível por teoremas como o Não-Comunicação.
Para isso, tiraram vantagem de um fenômeno conhecido como entrelaçamento quântico, que faz com que duas partículas quânticas compartilhem o seu estado. Isso acontece independente do quão distantes elas estejam uma da outra, o que torna essa uma técnica promissora para as comunicações.
"Nós fomos capazes de demonstrar uma ligação de entrelaçamento de alta qualidade entre dois chips no laboratório, onde os fótons de cada um deles compartilhavam um único estado quântico. Cada chip então foi totalmente programado para executar uma série de demonstrações que usam o entrelaçamento".
Dan Llewellyn, pesquisador da Universidade de Bristol
Mesmo que as partículas em questão estejam a anos-luz de distância, os efeitos do entrelaçamento ainda poderiam ser medidos de maneira instantânea. Caso seja possível reproduzir esse experimento em distâncias maiores, daria para alcançar uma comunicação acima da velocidade da luz.
Algo que, no momento, é considerado
impossível segundo as teorias mais aceitas no campo da física quântica. Exatamente por isso que o fenômeno do entrelaçamento quântico foi considerado como uma "ação fantasmagórica à distância" pelo físico alemão Abert Einsten. Para ele, trata-se de um evento impossível, ao menos segundo as leis da mecânica quântica ortodoxa.
"A principal demonstração foi a de um experimento de teleportação entre dois chips, onde o estado quântico individual de uma partícula é transmitido através de dois chips depois que uma medição quântica é realizada.
Essa medição se aproveita do estranho comportamento da física quântica, que, ao mesmo tempo, faz colapsar a ligação de entrelaçamento e transfere o estado da partícula para outra partícula que está no chip receptor".
Dan Llewellyn, pesquisador da Universidade de Bristol
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