Duas câmeras de segurança em um poste
O governo chinês continua expandindo o uso de reconhecimento facial. A última empreitada tornou obrigatório o escaneamento da face para comprar um novo chip de telefonia móvel ou assinar um plano de internet.
A regra há havia sido anunciada em setembro pelo Ministro da Indústria e Tecnologia da Informação e passou a valer neste domingo (1º). De acordo com o The Next Web, anteriormente só era necessário um documento de identidade para assinar um novo contrato de telefonia.
A ideia do governo chinês é “proteger os legítimos direitos e interesses dos cidadãos no ciberespaço” e rastrear com mais facilidade casos de revenda de chips SIM e crimes como roubo de identidade. Além de exigir que as operadoras usem reconhecimento facial para verificar se um cliente corresponde à sua identidade, as pessoas não poderão mais transferir cartões SIM para outros.
Embora o mecanismo seja justificado como um método antifraude, o registro dos rostos nas operadoras facilita o rastreamento do que as pessoas publicam nas redes sociais e dos sites que acessam. O governo chinês já tem um forte controle da internet – sites como o Facebook e o Twitter são bloqueados.
Essa é só mais uma área que ganha o uso extensivo do reconhecimento facial na China. De acordo com o New York Times, o governo chinês está usando a tecnologia para rastrear os uigures, a minoria muçulmana do país. A população uigur é tratada com suspeita e opressão pelo Partido Comunista.
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