Misteriosas luzes piscantes no céu podem ser um sinal de vida alienígena, diz um novo estudo. Segundo a pesquisa, as ocorrências são observadas há décadas e, na verdade, tudo indica que se trate de um fenômeno natural.
Mas os pesquisadores ressaltam que há uma possibilidade remota de que o brilho resulte de "lasers de comunicação interestelar".
O estudo observou 100 objetos semelhantes a estrelas que sumiram inesperadamente. O fenômeno começa em forma de pontos vermelhos escuros no céu noturno. Em seguida, eles começam a ficar milhares de vezes mais brilhantes. E então desaparecem em menos de uma hora.
Os pesquisadores batizaram os objetos de "transitórios vermelhos", também chamados informalmente de "estrelas que desaparecem".
Eles foram observados pelo projeto VASCO - Vanishing & Appearing Sources during a Century of Observations ("objetos que desapareceram e apareceram durante um século de observações", em tradução livre). Fundado em 2017, o projeto estuda objetos espaciais que sumiram misteriosamente.
"A menos que uma estrela sucumba diretamente em um buraco negro, não há um processo físico conhecido pelo qual ela possa desaparecer fisicamente. Se tais exemplos existem, seria interessante procurar novos fenômenos exóticos ou mesmo sinais de civilizações tecnologicamente avançadas", afirma o estudo liderado por Beatriz Villarroel, da Universidade de Estocolmo e do Instituto de Astrofísica de Canárias, na Espanha. A pesquisa foi publicada no Astronomical Journal.
O estudo foi feito comparando dados astronômicos compilados durante um século. Fenômenos celestes conhecidos, como asteroides, foram descartados como explicação para a existência dos "transitórios vermelhos". As hipóteses mais plausíveis envolvem supernovas ou explosões solares emanadas de estrelas anãs-vermelhas.
A teoria que sugere a presença de inteligência extraterrestre é a mais surpreendente. Os autores especulam que os pontos de luz vermelha poderiam ser lasers poderosos usados para comunicação interestelar ou emissões de calor emanando das esferas de Dyson (megaestruturas hipotéticas que envolveriam estrelas inteiras). "Mas estamos certos que nenhum desses eventos mostrou sinais claros de inteligência extraterrestre", disse Martin López Corredoira, coautor do estudo.
"Acreditamos que sejam fruto de fontes astrofísicas naturais, ainda que extremas", completou
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