Espiões da CIA' são identificados e condenados à morte no Irã, reporta mídia


Um funcionário do Ministério dos Serviços Secretos iraniano comunicou que foram identificados no país 17 espiões treinados pela CIA, informa mídia.

De acordo com a agência de notícias Fars, citando o funcionário iraniano, alguns dos detidos foram condenados à morte, sem revelar o número exato.

A informação da mídia, que ainda não foi confirmada, segue o anúncio de Teerã em 17 de junho de que as autoridades iranianas tinham desmantelado uma "grande rede de ciberespionagem dos EUA" gerenciada pela CIA no país.

Segundo o secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã, Ali Shamkhani, a cooperação entre a República Islâmica do Irã e outros países levou à "identificação e desmantelamento de uma rede de oficiais da CIA, bem como à detenção e punição de vários espiões".

Em junho, um funcionário iraniano da Defesa, Jalal Haji Zwar, que supostamente colaborou com a agência de inteligência americana e espionou para os Estados Unidos, foi executado na prisão de Rajaishahr. Zwar trabalhava como contratante para a Organização das Indústrias Aeroespaciais, controlada pelo ministério, mas fora despedido em 2010.

'Guerra dos Petroleiros'

Este anúncio da inteligência iraniana acontece em um período de grande tensão entre EUA, Reino Unido e Irã por causa da chamada Guerra dos Petroleiros.

Recentemente, dois navios deste tipo, o Kokuka Courageous, registrado no Panamá e operado pela empresa japonesa Kokuka Sangyo Co, foram atingidos por explosões no golfo de Omã, perto do estreito de Ormuz.

Logo após o incidente, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, acusou Teerã de orquestrar os ataques, e o CENTCOM divulgou um vídeo que mostrava marinheiros iranianos supostamente removendo uma mina por explodir do casco de um dos navios-tanque como "prova" de que Teerã era o culpado.

As tensões entre os EUA e o Irã aumentaram nos últimos meses, à medida que Teerã se retira das obrigações voluntárias estabelecidas no Plano Conjunto de Ação Integral (JCPOA) e os EUA reforçam sua presença militar no Oriente Médio.

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