Região é disputada desde 1947 pelos dois países, que já se enfrentaram três vezes por causa da Caxemira; ambos têm armas nucleares.
O presidente Donald Trump se ofereceu nesta segunda-feira (22) para fazer a mediação da longa disputa entre Índia e Paquistão pela região da Caxemira, revertendo a tradicional postura dos Estados Unidos de que o conflito deve ser resolvido bilateralmente.
"Se eu puder ajudar, adoraria ser um mediador", disse Trump na Casa Branca, onde recebeu o primeiro-ministro paquistanês, Imran Khan. "Se eu puder fazer algo para ajudar, me avise", insistiu. |
O presidente também afirmou que o Paquistão anteriormente não respeitava os Estados Unidos, mas agora está ajudando no processo de paz no Afeganistão.
"Eu não acho que o Paquistão tenha respeitado os Estados Unidos (no passado), mas agora eles estão nos ajudando muito" no Afeganistão, enfatizou Trump.
Conflito é anterior à separação dos países
Índia e o Paquistão disputam a Caxemira desde antes de suas independências do Reino Unido, em de 1947.
Paquistaneses assistem a discurso do primeiro-ministro paquistanês, Imran Khan, na televisão em Islamabad, em fevereiro — Foto: Aamir Qureshi / AFP |
O governante local da década de 1940 escolheu anexar o território à Índia. Houve uma guerra que durou dois anos. Houve uma segunda guerra em 1965. E uma terceira, breve, em 1999 –então, os dois já possuíam armas nucleares.
Os muçulmanos são maioria na região, diferentemente do resto da Índia, onde os hindus são majoritários.
Neste ano houve uma nova escalada de agressões.
Ataques no começo de 2019
Em fevereiro, houve um ataque na região que matou mais de 40 soldados indianos. A Índia afirmou que os autores eram grupos terroristas que tinham campos de treinamento no país vizinho.
Os indianos afirmaram então que bombardearam o campo de treinamento no território paquistanês.
O Paquistão derrubou dois caças e capturou um piloto da Força Aérea indiana –posteriormente, entregue ao país vizinho.
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