É oficial: existe vida fora da Terra. A bordo do módulo Chang’e-4, da China, na superfície lunar cinzenta e empoeirada, um pequeno broto verde surgiu em um grande salto para exploração espacial. A China fez história, mais uma vez, germinando com êxito uma semente de algodão no outro lado da Lua, marcando a primeira vez que qualquer matéria biológica foi cultivada na superfície de um outro astro.
Semente de algodão germinando na Lua.
A semente da planta de algodão germinou dentro de uma vasilha hermética a bordo da sonda Chang’e-4. O recipiente também contém ar, solo e água, além de sementes para flores de colza, batata e Arabidopsis. Ele ainda detém uma amostra de levedura e ovos de bicho-da-seda.
As sementes ficaram dormentes durante a viagem de Chang’e-4 à Lua. No dia seguinte ao do pouso, em 3 de janeiro, o centro de controle deu início à rega das plantas e iniciou o experimento pioneiro. O interior da “biosfera” é monitorado com duas câmeras ligadas a um sistema de controle de calor. Até agora, as câmeras mostram apenas a germinação da semente de algodão, mas a equipe ainda está esperando que os outras também ganhem vida.
A esperança é que as plantas cresçam e emitam oxigênio, alimentando os bichos-da-seda, que por sua vez exalará dióxido de carbono, fornecendo resíduos para alimentar as plantas.
“Demos consideração à futura sobrevivência no espaço. Aprender sobre o crescimento dessas plantas em um ambiente de baixa gravidade nos permitiria estabelecer as bases espaciais”, disse o professor Xie Gengxin, o principal cientista do experimento. A plantinha acabou morrendo pouco tempo depois.
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